
“Aqui não tem político Chambari que funciona na pressão”.
A frase dita á Gazeta esta semana por um político estadual tocantinense ecoou nos bastidores como um recado direto ao clima de tensão que paira sobre a cena política do Estado. “Aqui não tem nenhum político Chambari que funciona na pressão não”, disse ele, em referência ao tradicional prato do Tocantins, mas em tom de metáfora sobre o momento político: nada vai “amolecer” na força do fogo, apenas no tempo certo e com diálogo.
A fala traduz bem o atual estágio das articulações no Tocantins, onde toda e qualquer construção passa longe da imposição. O cenário é de disputa de espaços, mas também de observação. Enquanto os Wanderlistas aguardam o desfecho de mais uma análise do STF, os Laurezistas vão se acomodando na gestão interina, testando limites e alianças.
No meio desse tabuleiro, deputados, prefeitos e lideranças vêm sendo avaliados não apenas por gestos — mas, sobretudo, pelas ausências e pelos silêncios. A política tocantinense vive uma fase em que o não dito pode dizer mais do que qualquer declaração.
E a pergunta que ecoa nos corredores do poder é inevitável: será que ainda há quem aceite ser tratado como “Chambari na pressão” num momento tão delicado e cheio de leitura de movimentos como este?



