O ELB diz que quer trocar reféns por prisioneiros balúchis e divulgou um vídeo mostrando a explosão e dezenas de reféns sendo retirados do trem em meio às montanhas rochosas.
Babar Masih, um trabalhador de 38 anos, disse à AFP que viajava com seus pais, sua esposa, seu filho bebê e um sobrinho de oito anos. “De repente, ouvimos um grande estrondo e o trem parou”, disse ele, “depois houve tiros que duraram muito tempo”, continuou. “Agressores armados vieram para verificar os nossos documentos, mas deixaram sair os que estavam em família”, disse.
As pessoas que conseguiram escapar tiveram de caminhar durante horas por um terreno montanhoso. “Não tenho palavras para descrever como conseguimos fugir. Foi aterrorizante”, disse à AFP Muhamad Bilal, que viajava com a sua mãe no trem Jafar Express.
Os reféns libertados foram levados para a capital da província, afirmou uma fonte policial que pediu anonimato. As autoridades não mencionaram nenhuma vítima entre os reféns ou entre os membros das forças de segurança. Porém, nesta quarta-feira, cerca de 140 caixões foram levados preventivamente para Quetta.
Outros ataques
Em fevereiro, Exército de Libertação do Baluchistão já havia reivindicado a morte de sete punjabis (moradores da região do Punjabi paquistanês, vizinho ao estado de mesmo nome, na Índia). Em agosto, o grupo separatista matou 39 pessoas usando a mesma tática de interceptar linhas de transportes, incluindo a verificação dos documentos de identidade de passageiros em diferentes rotas, antes de matá-los a tiros, se fossem punjabis.