Dois homens foram presos no início da madrugada deste sábado, 1º, em Lagoa da Confusão, região sudoeste do Tocantins, após serem flagrados com cerca de 350 kg de pirarucu pescado ilegalmente, além de um revólver calibre 38 carregado. A ação ocorreu na Reserva Indígena Krahô e Kanela, como parte da Operação Piracema 2025/2026, que começou nesta data para proteger a reprodução dos peixes nos rios do estado.
A Polícia Militar Ambiental, em conjunto com a 4ª Companhia Independente da PM, recebeu informações sigilosas que indicavam a atividade suspeita na região. Ao chegar ao local, por volta da 1h, os policiais avistaram um veículo Fiat Uno branco contendo caixas de isopor cheias de mantas de pirarucu. Em seguida, conseguiram localizar um homem em uma motocicleta, carregando mais pescado e portando a arma de fogo.
Durante as buscas nas margens do lago onde o crime ambiental acontecia, os militares encontraram abundante quantidade de carcaças, reforçando a suspeita de pesca predatória em atividade recente. Os presos e o material apreendido foram levados para a Delegacia Plantonista de Paraíso do Tocantins.
É importante destacar que o período da piracema no Tocantins, que vai até 28 de fevereiro de 2026, é proibitivo para a pesca em rios, lagos e cursos d’água do estado, conforme a Portaria nº 244/2025 publicada pelo Naturatins. Apenas a pesca amadora esportiva na modalidade “pesque e solte” com anzol sem fisga e a pesca de subsistência para consumo exclusivo de ribeirinhos são permitidas. O transporte e a comercialização do pescado no período são expressamente vedados.
O comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Cláudio Thomaz Coelho de Souza, ressaltou a importância da operação para proteger as espécies nativas e garantir o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos. “A PMTO está atenta e vai intensificar a fiscalização em toda a bacia hidrográfica do estado para coibir a pesca ilegal e preservar a reprodução dos peixes”, afirmou o coronel.
Com essa operação, o Tocantins reafirma o compromisso em combater crimes ambientais e proteger suas riquezas naturais, vitais para o equilíbrio ambiental e para o turismo regional.

