O resultado, que também foi questionado por observadores da União Europeia e ONGs anticorrupção, foi confirmado antes do Natal pelo Conselho Constitucional, que deu 65% dos votos a Chapo e 24% a Mondlane.
A disputa eleitoral gerou distúrbios violentos em todo o país, com cerca de 300 manifestantes mortos, segundo uma ONG local.
As autoridades também relatam o assassinato de policiais, saques e vandalismo.
Acusado de ser responsável por essa violência, Mondlane correu o risco de ser preso ao chegar ao país.
“Estou preparado para me submeter à Justiça, para me defender (…) e para mostrar quem são os verdadeiros culpados dos crimes”, disse ele nesta quinta-feira.
Mas qualquer ação do governo contra o carismático político pode levar Moçambique, ainda marcado pela longa guerra civil (1977-1992), a uma grave crise, alertam analistas.