O ex-secretário de Parcerias e Investimentos do Tocantins, Thomas Jefferson Gonçalves, está sendo investigado por supostamente avisar o governador afastado Wanderlei Barbosa sobre a deflagração da Operação Fames-19, horas antes dos mandados da Polícia Federal serem cumpridos em 2025. A Operação Nêmesis, realizada na quarta-feira, 12, cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em Palmas e Santa Tereza do Tocantins, focando em suspeitos de obstrução das investigações.
Relatórios da Polícia Federal indicam que, na noite de 2 de setembro, Thomas Jefferson esteve duas vezes na residência do governador e da primeira-dama Karynne Sotero Campos, uma delas acompanhado de ex-deputados, e permaneceu cerca de 17 minutos. Câmeras de segurança revelaram que logo depois da sua saída, Wanderlei, Karynne e a filha deixaram o imóvel às pressas, em movimentação suspeita protegida por policiais militares.
Análises de sinais de Wi-Fi mostraram que o celular do governador desconectou da rede da casa e passou a se conectar à rede de uma fazenda, onde a família foi localizada pelos agentes federais na manhã seguinte.
Thomas Jefferson, advogado com especialização em direito civil e processual civil, também é sócio do filho do governador em um escritório de advocacia. Ele foi exonerado do cargo no início de setembro durante uma mudança no primeiro escalão do governo.
A defesa de Thomas Jefferson afirmou que ele sempre atuou dentro da legalidade e nunca teve intenção de prejudicar a investigação.
A Operação Fames-19 apura supostos desvios de recursos públicos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia, momento em que o Tocantins viveu estado de emergência sanitária. Wanderlei Barbosa e a primeira-dama seguem afastados e negam participação nas irregularidades investigadas.
A assessoria do governador afastado declarou que ele recebeu “com estranheza mais uma operação da Polícia Federal”, permanece à disposição para colaborar com as apurações e mantém sua confiança nas instituições e no sistema judiciário.
Íntegra da nota de Wanderlei Barbosa
O Governador Wanderlei Barbosa recebeu com estranheza mais uma operação da Polícia Federal ao mesmo tempo que aumenta a expectativa pelo julgamento do Habeas Corpus que pode devolvê-lo ao cargo.
Ao mesmo tempo reitera a sua disponibilidade para colaborar com as investigações e mantém a sua confiança na justiça e nas instituições.
Íntegra da nota de Karynne Sotero
A primeira-dama Karynne Sotero repele as acusações infundadas de tentativa de embaraço às investigações feitas de forma anônima à Justiça.
Também lamenta a tentativa de intimidação contra seus familiares, inclusive a sua mãe, uma senhora de mais de 75 anos que acabou passando mal e tendo que ser hospitalizada.
Por fim, reitera a sua inteira disposição de colaborar com a Justiça para o esclarecimento dos fatos.
Íntegra da nota de Thomas Jefferson
O advogado e ex-secretário de Participações e Investimentos Thomas Jefferson comunica que nunca trabalhou para causar qualquer embaraço às investigações. Sua atuação junto ao governador Wanderlei Barbosa se deu na condição de secretário de estado, sendo absurdas as tentativas de criminalizar a sua atividade laboral.
Íntegra da nota de Rérison Castro
O advogado Rérison Castro lamenta profundamente as acusações infundadas feitas contra ele. Informa ainda que colabora com as investigações, que vão demonstrar a sua inocência no transcorrer do processo.

