Suspeita teria inventado narrativa para convencer família a não levar apuração da morte do sogro adiante. “Num primeiro momento, depois da morte do sogro, ela tenta a cremação do corpo. Depois, ela tenta outra narrativa: de que seria por causa das bananas [que estariam infectadas em razão das enchentes no ano passado, em Canoas]”, explicou a delegada Sabrina Deffent, na mesma coletiva de imprensa.
Três dias após a morte do sogro, Deise teria sugerido possíveis causas do suposto incidente. “Acho que não faria nada [para investigar a morte], pois pode ter sido várias coisas, intoxicação alimentar, negligência médica, a banana por estar contaminada pela enchente, ou a hora dele mesmo, sei lá”, escreveu ela à sogra, Zeli dos Anjos, uma das vítimas que sobreviveram ao consumo do bolo envenenado, ainda segundo os investigadores.
‘Manipuladora e fria’, suspeita matou por ‘motivo fútil’
Suspeita teve “postura fria, com respostas sempre na ponta da língua”, em conversas com investigadores. Ainda segundo o delegado do caso, Deise tem demonstrado estar “muito tranquila” e, por vezes, “esboça sorrisos”, nos depoimentos que prestou enquanto investigada.
Motivação do crime é “motivo fútil”, seguem investigadores. “Ainda que seja por interesse patrimonial, o preço de quatro vidas não pagaria o que ela queria”, continuou Veloso na coletiva.
Ela [suspeita] pesquisou veneno, receita de veneno que fosse inodora, sem cheiro, sem gosto. E, com base nas pesquisas, chegou a uma composição química, que ela tentou montar. Percebemos isso através das compras nos sites. E, com essa combinação, ela começa a tentar envenenar familiares, chegando na morte do sogro. Delegada Sabrina Deffente