
Bruno e Dom sofreram uma emboscada. Segundo o MPF, eles foram assassinados por motivo torpe – desprezível, com perversidade – e de forma cruel, sem chance de defesa. A denúncia contra o mandante foi apresentada ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga, onde o processo tramita, pelo procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal. O MPF também solicitou que seja levantado o sigilo dos autos para que, dessa forma, mais informações possam ser divulgadas.

O indigenista e o jornalista foram dados como desaparecidos em 5 de junho de 2022. Eles foram vistos pela última vez em uma embarcação na comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte. As buscas mobilizaram autoridades brasileiras, indígenas, populações locais e a imprensa nacional e internacional.
Os restos mortais foram encontrados dez dias depois. A investigação apontou que eles foram mortos a tiros e tiveram os corpos esquartejados, queimados e enterrados.
Colômbia foi detido em julho de 2022 por apresentar documento falso à PF. Em outubro, foi para prisão domiciliar após pagamento de fiança de R$ 15 mil, mas voltou a ser preso por descumprir regras em dezembro. Ele continua encarcerado.
Outros envolvidos na morte também foram denunciados
O MPF denunciou três pessoas pelo assassinato de Bruno e Dom. Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos e Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, foram denunciados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os denunciados se tornaram réus e foram presos.