O laudo laboratorial das amostras do macaco encontrado morto no Parque Cesamar descartou a contaminação por febre amarela e raiva. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) nesta quinta-feira (13).
A Semus foi notificada sobre a morte do animal, no dia 15 de fevereiro, a Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) recolheu o corpo. Amostras foram coletadas para identificar ou excluir a morte em decorrência das doenças.
Macacos são sentinelas que alertam sobre a presença do vírus da febre amarela em determinada região. Em casos positivos, segundo a Semus, protocolos sanitários são acionados.
Em 2024, moradores da zona rural de Palmas encontraram a ossada de pelo menos cinco macacos e somente dois tinham material suficiente para as análises. Eles tiveram resultado positivo para febre amarela. Mas a Semus explicou que o animal não transmite a doença para os seres humanos, mas sim mosquitos infectados.
A partir de 2008, quando começou o monitoramento, nenhum caso de febre amarela foi registrado em Palmas. Com o descarte da doença no corpo do macaco encontrado no Cesamar, as ações de vigilância que já são realizadas vão seguir conforme o planejamento da pasta.
Seguindo diretrizes do Ministério da Saúde, quando há notificação da morte de primatas, os restos mortais são coletados e o material vai para análise laboratorial. Também é dado andamento no reforço da imunização da população próxima à região, além do combate ao mosquito transmissor, que em zona urbana é o Aedes aegypti.
Caso a população encontre macacos mortos, deve informar o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) pelo telefone (63) 99219-3517, de segunda a sexta-feira.
Vacinação
A Semus informou que a vacina contra a febre amarela é ofertada nas Unidades de Saúde da Família (USFs) de Palmas, das 8h às 17h.
Podem receber a imunização pessoas a partir dos nove meses até os 59 anos. Crianças recebem duas doses, sendo uma aos nove meses e outra aos quatro anos. A partir dos cinco anos, é aplicada uma dose.
Além da vacinação, a pasta orienta que é preciso combater o mosquito Aedes aegypti com medidas que acabem com os criadouros. Pois, além da febre amarela, ele também transmite dengue, zika e chikungunya.