Israel gastou 112 bilhões de shekels (R$ 178 bilhões) em seus conflitos militares em Gaza e no Líbano em 2024, informou o Ministério das Finanças em um relatório nesta segunda-feira (17).
Entre 7 de outubro de 2023 —quando o grupo terrorista palestino Hamas atacou Israel desencadeando a guerra em Gaza e o subsequente disparo de mísseis do Hezbollah no Líbano— e o final de 2024, os gastos chegaram a 141,6 bilhões de shekels (R$ 221,2 bilhões).
Desde então, Israel fez acordos de cessar-fogo com o Hamas e o Hezbollah. O total de gastos com defesa em 2024 foi de 168,5 bilhões de shekels (R$ 262,3 bilhões), ou 8,4% do PIB, acima dos 98,1 bilhões (R$ 152,7 bilhões) em 2023, quando os custos com defesa foram de 5,2% do PIB, segundo o relatório.
O aumento nos gastos de guerra elevou o déficit orçamentário para 6,8% do PIB em 2024, uma revisão de uma estimativa preliminar de 6,9%. A economia de Israel cresceu 0,9% em 2024.
Antes da guerra, em maio de 2023, os parlamentares israelenses aprovaram um orçamento para 2024 de 513,7 bilhões de shekels (R$ 799,6 bilhões), mas os combates exigiram três orçamentos adicionais em 2024 que aumentaram os gastos do Estado em 21%, para 620,6 bilhões de shekels (R$ 966 bilhões). A receita no ano passado foi de 484,9 bilhões de shekels (R$ 754,8 bilhões).
O déficit, que chegou a 8% do PIB em 2024, diminuiu desde então e chegou a 5,3% em fevereiro. Devido a disputas políticas internas, Israel ainda não aprovou um orçamento para 2025 e o país está usando uma versão rateada do orçamento base de 2024.
Os valores divulgados por Tel Aviv correspondem a cerca de dois terços da quantia estimada para a reconstrução da Faixa de Gaza. Líderes de nações árabes aprovaram neste mês um plano do Egito para a reconstrução do território palestino. O valor previsto é de US$ 53 bilhões (cerca de R$ 309 bilhões) e duração de cinco anos.
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O plano também deve envolver a construção de ao menos 200 mil unidades habitacionais e um aeroporto. A proposta foi aceita no fim de uma cúpula dos países árabes que acontece no Cairo, a capital egípcia, e contrasta com a visão de uma “Riviera do Oriente Médio” cogitada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.