Nesta semana, Yong-hyu já assumiu todas as responsabilidades relacionadas à lei marcial. “Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo em relação à lei marcial”, anunciou. Em comunicado, ele também apresentou seu pedido de demissão na quarta-feira (4). Antes, o Partido Democrata entrou com pedido de impeachment contra ele.
Ex-ministro disse ter sido o único responsável por tudo o que aconteceu e que os militares mobilizados estavam sob sua direção. O Ministério da Defesa Nacional confirmou que Yong-hyun tenha aconselhado o presidente a impor a lei marcial. Essa afirmação, no entanto, foi contestada por todos os outros membros do Gabinete, incluindo o primeiro-ministro Han Duck-soo, segundo o The Korea Herald.
Yong-hyun havia sido nomeado como o terceiro ministro da defesa do governo há três meses. Durante uma audiência de posse no dia 2 de setembro, ele teria descartado qualquer possibilidade de decreto da lei marcial. Apesar disso, investigações iniciais indicam que ele teria encabeçado o plano.
Entenda o caso
Presidente da Coreia do Sul decretou a lei marcial no país na terça-feira (3) e recuou horas depois. Yoon Suk Yeol justificou que a decisão era necessária para proteger o país de “forças comunistas” em meio a constantes disputas com o parlamento, controlado pela oposição. A medida surpreendente ocorreu no momento em que o Partido do Poder Popular de Yoon e o Partido Democrático, principal legenda de oposição, travam uma queda de braço em relação ao projeto de lei orçamentária do próximo ano.
Duras proibições foram anunciadas. “Todas as atividades políticas, incluindo as da Assembleia Nacional, dos conselhos locais, dos partidos políticos e das associações políticas, bem como assembleias e manifestações, são estritamente proibidas”, disse comunicado do governo sul-coreano.