A Suprema Corte tem atualmente três juízes na casa dos 70 anos. São eles: os conservadores Clarence Thomas, de 76 anos, e Samuel Alito, de 74 anos, e a liberal Sonia Sotomayor, de 70 anos. Eles são vistos como os mais propensos a se aposentarem, dependendo do resultado da eleição norte-americana, mas a decisão cabe a eles —eles podem se aposentar voluntariamente, renunciando ao cargo, ou destituídos pelo Congresso.
Nada garante que eles irão se aposentar no segundo mandato de Trump. Outros magistrados mais jovens também, neste meio tempo, podem se aposentar por decisões pessoais ou de saúde. A composição da Suprema Corte atual é a mesma desde 2022, quando Joe Biden fez sua única indicação até o momento.
Presidentes costumam nomear juízes alinhados à própria ideologia. Pesquisas já mostram que muitos magistrados norte-americanos estão cada vez mais programando suas aposentadorias para quando um presidente do mesmo partido daquele que os indicou estiver no cargo. Esta pode ser uma janela de oportunidade para Trump promover sua agenda conservadora novamente.
A capacidade de Trump de nomear juízes pode ser beneficiada por maioria republicana no Senado. Isso acontece porque o Senado é a casa responsável por confirmar os nomes dos indicados pelo presidente.
Trump nomeou três juízes. Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett enraram para a Suprema Corte na gestão dele. Uma entrou com Biden: Ketanji Brown Jackson. São 6 conservadores contra 3 progressistas. Já o democrata Barack Obama indicou dois nomes (Sonia Sotomayor e Elena Kagan).
Presidentes favoreceram nomeações mais jovens para o judiciário. Isso criou uma mudança geracional nos tribunais federais — entenda abaixo porque o quadro para novo presidente não é bom também neste cenário.