Projeto pode garantir à cachaça da região Sudeste o reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
Com o recente reconhecimento da cachaça como Patrimônio Histórico e Imaterial da Região Sudeste do Tocantins, instituído pela Lei nº 4.356/2024, de autoria da deputada estadual Cláudia Lelis (PV), professores e pesquisadores estão aprofundando estudos sobre a produção artesanal da bebida. A iniciativa faz parte do projeto “Mapeamento dos Locais Produtores da Cachaça Artesanal da Região Sudeste do Tocantins”, coordenado pela professora Adriana dos Reis Martins, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult-TO).
As professoras e pesquisadoras da UFT, Dra. Karylleila Klinger e Dra. Roseli Bodnar, estiveram na última quarta-feira (12), no gabinete da deputada Cláudia Lelis, na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), para apresentar o projeto à parlamentar.
Durante o encontro, explicaram que a iniciativa tem o objetivo de identificar, documentar e fortalecer essa tradição na região Sudeste do estado, onde a cachaça artesanal representa não apenas uma atividade econômica relevante, mas também um traço marcante da identidade cultural local.
A deputada Cláudia reafirmou seu compromisso com a identidade cultural da região e destacou a importância do projeto para que a cachaça produzida no Sudeste do Tocantins obtenha o reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“Esse trabalho que vem sendo realizado pela UFT é de fundamental importância e estou à disposição da Universidade para contribuir na agilização dos trabalhos, da pesquisa e do desenvolvimento do projeto. O dossiê, que será produzido a partir desse estudo, será encaminhado ao Iphan. A partir disso, poderemos abrir o processo junto ao IPHAN para ter a nossa cachaça reconhecida como patrimônio histórico imaterial nacional”.
“Estou muito orgulhosa deste projeto e pronta para colaborar com os pesquisadores”, declarou a deputada.
Para as pesquisadoras, o reconhecimento da deputada Cláudia sobre a importância da identidade cultural do Tocantins é essencial para a preservação deste patrimônio. “Estamos muito felizes por saber que a deputada Cláudia valoriza e reconhece os saberes e os fazeres que compõem a identidade cultural do estado. Seu cuidado e zelo com a preservação da cultura e, em especial, a do patrimônio histórico são primordiais para garantir a continuidade desse bem imaterial para as futuras gerações”, afirmou a professora Karylleila Klinger.
Visitas aos municípios
A equipe do projeto já esteve nos municípios de Arraias, Combinado, Taguatinga e Novo Alegre, entre os dias 5 e 7 de fevereiro, realizando visitas técnicas e apresentando a pesquisa a gestores municipais. A próxima etapa acontecerá entre os dias 20 e 22 de março de 2025, com a realização de uma roda de conversa.
“Nesta fase do projeto, além das entrevistas e do mapeamento dos pequenos produtores, teremos o início da produção de documentários e de livretos os quais serão destinados a cada município, além da produção de um vocabulário baseado na memória desses produtores”, explicou a professora Roseli Bodnar.
Conheça a Lei nº 4.356/2024
A Lei nº 4.356, de 8 de janeiro de 2024, reconhece a cachaça como patrimônio histórico imaterial da Região Sudeste do Tocantins. A norma foi publicada no Diário Oficial do Estado do Tocantins e destaca a importância da cachaça na formação cultural e econômica da região Sudeste. Confira a Lei neste link.