
O secretário de Estado da Educação do Tocantins, Fábio Vaz, concedeu entrevista exclusiva ao programa De Frente com Maju, comandado pela editora-chefe da Gazeta do Cerrado, Maju Cotrim, e falou com franqueza sobre os bastidores da gestão, sua trajetória política e a possibilidade de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026.
Com um histórico que inclui atuação como professor, vereador e prefeito, Fábio Vaz reconhece que a ideia de se lançar candidato a deputado federal tem ganhado força, mas ainda está em processo de maturação — tanto no campo político quanto familiar.
“É um desafio, viu? É uma questão que ainda está em discussão dentro de casa. Muitas pessoas querem essa candidatura. Falam o tempo inteiro sobre isso. Mas é algo que tem que ser muito trabalhado, muito pensado”, destacou.
Representatividade da educação
Vaz destacou que sua experiência como educador e gestor público pode somar à política nacional, principalmente na luta por maior representatividade da categoria dos professores e servidores da educação, especialmente os da rede estadual.
“Se você for olhar hoje na Câmara Federal, você não vê servidor público representando o Tocantins. Nós somos a maior categoria do Estado e não temos um nome da rede estadual atuando nesse cenário. Acho que há espaço e necessidade.”
Ele citou o deputado estadual Marcus Marcelo, também professor, como um parlamentar com visão voltada para a área, mas defende que o campo federal ainda carece de vozes que conheçam, na prática, os desafios da educação pública.
Lealdade ao governador Wanderlei
Durante a entrevista, Fábio Vaz fez questão de ressaltar sua lealdade ao governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e afirmou que qualquer decisão sobre candidatura passará pelo aval do chefe do Executivo.
“Sou tão grato ao governador Wanderlei que, se for para bater palma, eu bato palma. Se for para carregar cadeira, eu carrego cadeira. Se for para coordenar, eu coordeno. Se for para ser candidato, estou à disposição do governador”, disse, reafirmando sua disposição em seguir o projeto político do grupo.
Ao ser questionado sobre se já houve alguma conversa mais direta com o governador sobre uma eventual candidatura, Vaz foi enfático:
“O governador quer eleger os secretários, ele quer eleger o time dele. Ele está saindo da gestão, é natural ele querer manter um grupo próximo no cenário político. E eu sempre estive muito próximo dele, tanto que coordenei a campanha dele em 2022 e articulei a montagem da chapa de vereadores da Capital.”
Força política como diferencial
Para Fábio Vaz, sua atuação política tem sido decisiva para sua gestão à frente da Secretaria da Educação. Ele defende que ter força política é essencial para implementar mudanças concretas, mais do que apenas o conhecimento técnico.
“Não adianta ser o melhor técnico, o melhor secretário, se você não tiver força política. E essa proximidade com o governador me dá essa força. É isso que me permite executar as transformações que a pasta precisa.”
Apesar da receptividade da base e da confiança do governo, o secretário reforçou que a decisão ainda depende de amadurecimento familiar.
“Ainda está no zum-zum-zum. Preciso conversar com minha família de forma mais concreta. Mas se for
necessário, estou pronto. Sempre estive à disposição do projeto do governador.”