“O aplauso é para todos vocês. Fizeram um grande trabalho”, declarou a presidente da COP16, a ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad. “Demos braços, pernas e músculos ao acordo Kunming-Montreal”, reiterou, referindo-se ao texto adotado em 2022 no Canadá, na conferência anterior.
O objetivo é mobilizar mais dinheiro para proteger 30% da terra e dos mares, restaurar ecossistemas e reduzir o uso de pesticidas. No roteiro de cinco anos, os países participantes da COP16 preveem melhorar os instrumentos financeiros e decidir se devem ou não criar um novo fundo no futuro. Também foram adotadas regras e indicadores fiáveis que devem medir e verificar os esforços na COP17, na Armênia, no próximo ano.
“Queríamos garantias de que, durante o processo, correríamos uma maratona, mas não em uma esteira de corrida. Há uma linha de chegada e isso é o que todos os países em desenvolvimento querem”, avaliou a chefe da delegação brasileira, Maria Angélica Ikeda, em entrevista à RFI.
? ¡Es un día histórico para la biodiversidad! En la #COP16Resumed logramos la adopción del primer plan global para financiar la conservación de la vida en el planeta.
? Movilización de recursos
? Mecanismo financiero
? Marco de monitoreoLa implementación del Marco Global…
? Susana Muhamad (@susanamuhamad) February 27, 2025
O compromisso, obtido através de uma árdua luta na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), representa também um alívio à cooperação internacional em matéria de meio ambiente. Os últimos anos foram marcados pela estagnação das negociações sobre a poluição plástica, pelo fracasso das negociações sobre a desertificação e pelas tensões sobre o financiamento climático entre as nações ricas e em desenvolvimento.
O ministro norueguês do Meio Ambiente, Andreas Bjelland Eriksen, enxerga o acordo como uma boa notícia para o mutilateralismo ambiental. “É um ótimo final para o resto do ano, para as negociações sobre a poluição plástica e sobre o clima”, diz.