No dia do crime, exaamente às 18h14, Tacitus enviou email para este colunista e para outras autoridades, com cópias ocultas, comunicando a morte de Gritzbach. Ele publicou a foto da vítima caída na calçada do terminal com a seguinte legenda: “Agradeço a colaboração de todos”.
No último dia 2, Tacitus havia mandado email com ameaças de morte para a família de Gritzbach, como informou esta coluna. Ele recomendou aos parentes do delator do PCC para que providenciassem até os testamentos e aproveitassem os últimos dias, caso não devolvessem a ele R$ 6 milhões.
Tacitus deu prazo até 31 de dezembro de 2024 para a família de Gritzbach quitar a dívida. Segundo ele, o delator do PCC deu o endereço dos imóveis aos policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, 58, o Xixo, e Valmir Pinheiro, 55, o Bolsonaro. Ambos foram presos em setembro de 2024 e são acusados de roubar R$ 90 milhões de 15 casas-cofre do PCC.
“Mensagens soam como fraude”
Os emails de Tacitus às autoridades, alegando ter acompanhado a morte de Gritzbach por uma live, foram enviados após um promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) dizer em entrevista que as mensagens escritas por ele “soam como uma fraude”.
Na entrevista, o promotor de Justiça afirmou que o emissário [Tacitus} parece alguém tentando tirar vantagem do episódio, e não dispõe de controle da situação”. Tacitus rebateu a crítica e escreveu nas novas mensagens que “seus emails não são oportunistas”.