
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicadores econômicos como crescimento, taxa de empregos e renda média das famílias não definirão o resultado da eleição em 2026. Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad avaliou que a disputa eleitoral ocorrerá no campo de “uma agenda cultural mais ampla, que transcende a questão econômica”.
De acordo com o ministro, essa agenda envolve a pauta de costumes e da segurança pública. “Começou-se a falar da questão do aborto sem que ninguém tivesse proposto mudar a legislação. As minorias começaram a ser perseguidas, a questão da maioridade penal ganhou expressão, a questão religiosa começou a ser politizada. A economia é importante, sempre foi, mas não é o único fator que vai definir o resultado de uma eleição”, disse o ministro.
O governo Lula tem enfrentado quedas nos índices de popularidade, segundo pesquisas de avaliação da gestão federal. Como mostrou o Estadão, a aposta em programas sociais para a reversão do quadro pode ser insuficiente, pois o “voto econômico” já não possui o peso de outrora.