Na declaração final do encontro, os líderes da UE reconhecem “a urgência de uma ação decisiva” para o aprofundamento do mercado comum, se comprometem com a união dos mercados de capitais, a implementação de uma política comercial que defenda os interesses europeus e a simplificação regulatória. Mas permanecem vagos em relação ao orçamento.
Com o retorno de Trump, institutos alemães calcularam o custo das medidas protecionistas para a Alemanha. O país poderia perder até € 180 bilhões até 2028, cerca de R$ 1,1 trilhão com as sobretaxas americanas nas exportações. O PIB alemão encolheria 1,5% em relação ao seu montante atual, sendo que o país, a primeira economia europeia, enfrenta o segundo ano de recessão.
Scholz admite antecipar as eleições
Na quarta-feira (6), enquanto o mundo ainda digeria a vitória de Trump, a coalizão de governo alemã, formada por social-democratas, verdes e liberais, implodiu, devido a divergências de visão sobre a melhor forma de enfrentar a crise econômica. Os social-democratas defendem a recuperação da economia por meio de gastos, enquanto os liberais pregam cortes e uma disciplina orçamentária rigorosa.
Em Budapeste, o chanceler Olaf Scholz disse aos colegas europeus que poderá antecipar as eleições legislativas. Ele queria ganhar tempo até março, mas uma pesquisa publicada ontem mostra que 65% dos alemães querem eleições o mais rapidamente possível, em janeiro.
Os conservadores da CDU, chefiados por Friedrich Merz, lideram as pesquisas para voltar ao governo e também pressionam por um retorno às urnas acelerado. As pesquisas apontam, no entanto, que eles não teriam maioria, com a extrema direita em segundo lugar nas intenções de voto.