Ela contou que nunca foi uma pessoa que esboça muitas reações diante de diversas situações. A mulher reafirmou ter sofrido por presenciar a morte do namorado, mas explicou que não conseguiria entrar em um “personagem” na situação. “Obviamente, eu sofri muito. Foi o pior momento da minha vida. Mas eu não faria um escândalo, não me jogaria lá no meio. Isso não sou eu. Cada pessoa tem o seu jeito.”
Rotina e realização de tarefas continuam, diz modelo. A mulher contou que ao invés de ficar na cama o dia todo pensando coisas ruins, ela prefere levantar, fazer café, tomar banho, se maquiar e ler um livro. “Eu não tenho muito esse jeito para ficar me vitimizando, pra ficar pensando, meu Deus, a minha vida acabou. Não, a minha vida não acabou. Se Deus me deu uma nova chance, eu preciso honrar, eu preciso escrever a minha história.”
“Não estou conseguindo viver o meu luto em paz.” Maria relatou estar vivendo à base de medicamento e desabafou esperar conseguir ao menos viver o seu luto “quieta”: “As pessoas não deixam. Eu não tenho um momento em que eu posso focar no meu luto. Às vezes, não consigo acreditar que ele morreu.”
Maria ainda reforçou que ela e o namorado tinham uma “vida confortável”, mas não estava com ele por dinheiro. Segundo a mulher, ela não abriria mão da própria liberdade e da vida confortável que já tinha antes de conhecê-lo: “Vocês não sabem a vida que ele levava e as limitações que tinha. Ninguém que não o amasse ficaria ao lado dele”.
As pessoas esperam que eu tenha uma reação que é ficar acamada, depressiva, só que eu não vou me permitir isso porque eu tenho uma família, uma mãe, um irmão. Então não se espantem em me ver maquiada, na academia, no mercado e estudando alguma coisa nova ou comendo num restaurante com as minhas amigas. Eu tenho certeza que ele seria a primeira pessoa a falar, se levanta, eu quero ver você feliz, realizando os sonhos que você me disse que tinha.
Maria Paiva, namorada de Vinícius Gritzbach
A mulher também contou que nunca tentaria ganhar fama em cima de uma tragédia. “Às vezes eu nem consigo acreditar que ele não tá mais aqui. Eu pego meu celular e fico esperando uma mensagem dele. Então a minha cabeça ainda não está legal. Eu ainda estou tentando assimilar tudo o que aconteceu. Eu vi a pessoa morrer na minha frente. Vocês conseguem imaginar o peso disso? Não, não conseguem. Se você não viveu isso, você não consegue. Eu não estou pedindo para que vocês tenham pena de mim. Eu estou pedindo apenas respeito neste momento.”