A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) afirmou que o “povo ianomâmi é mantido como experimento científico e ideológico”. A parlamentar deu a declaração nesta quinta-feira, 22, durante entrevista ao Jornal da Oeste.
Funai impede o desenvolvimento do povo ianomâmi
Segundo a deputada, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é objetivo em relação à ajuda aos indígenas. Além disso, afirmou que instituições, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), impedem o desenvolvimento do povo ianomâmi.
“Muitos dos ianomâmis não falam português”, afirmou Silvia Waiãpi. “Há uma instituição, por exemplo, que se chama Asas do Socorro, que, por mais de 30 anos, realiza ajudas humanitárias em regiões inóspitas na Amazônia. Essa organização foi impedida pela Funai de entrar em terras indígenas para levar ajuda.”
Além disso, Silvia Waiãpi contou que, em algumas terras indígenas, há famílias que assassinam bebês. Ela explicou há indígenas que salvam essas crianças. No entanto, eles não têm condições de alimentá-las.
“Eles contam com instituições para conseguir o alimento”, afirmou a deputada federal pelo Partido Liberal do Amapá. “Esses instituições, contudo, são impedidas de entrar nas terras.”
Silvia Waiãpi falou sobre os incêndios na Amazônia
Atualmente, a Amazônia registra a pior temporada de incêndio dos últimos 17 anos. De janeiro a agosto de 2024, registrou-se 59 mil focos de incêndio — maior número desde 2008.
Silvia Waiãpi atribui esse desastre com a “má gestão pública”. “Temos um país cujo código florestal é o mais severo do mundo”, afirmou a congressista. “Isso impossibilita o desenvolvimento econômico da região. Por isso temos áreas no Brasil que são desenvolvidas, menos a Amazônia, que é alvo de especulação e interesse internacional.”
A deputada federal afirma que isso causa empobrecimento da população do Norte do Brasil. “O trabalhador não pode ter um trator para fazer o manejo do solo”, disse. “Então, a população pode incorrer na queimada, porque está passando fome.”
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