Assim como ocorreu no Tocantins em maio deste ano, os proprietários de rebanho na Ilha do Bananal terão que obrigatoriamente realizar a declaração de informações pecuárias na Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), de 1º de agosto a 30 de setembro. Reunião para traçar as estratégias foi realizada nessa terça-feira, 11, com as equipes técnicas. A estimativa é que 287 retiros cadastrados com uma média de 110 mil bovinos, entre outras espécies, atendam o chamamento.
O gerente de sanidade animal da Adapec, Sérgio Liocádio, explica que equipes da instituição intensifica ações de vigilâncias neste período em cumprimento às exigências do protocolo pós-suspensão de vacinação contra febre aftosa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Faremos vigilância ativa por amostragem nos retiros e exames clínicos de pata e boca nos animais para comprovar que não tem ocorrência da enfermidade no Tocantins, além de prestarmos orientações sobre a importância da declaração de informações pecuárias para obtermos o reconhecimento nacional e internacional de livre da doença sem vacinação”, avalia.
O Tocantins conta com mais de 11,5 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos) e se mantém vigilante para a doença. “As informações são importantes para o controle sanitário, além de subsidiar dados para tomadas de decisões do Governo do Estado”, ressalta o presidente da Adapec, Paulo Lima. As espécies animais alvos do monitoramento direto do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa) são a bovina, bubalina, ovina, caprina e suína.
Multas
Após o período de declaração, os produtores rurais inadimplentes serão autuados por não declaração no valor de R$ 127,69. Além disso, terão a ficha de movimentação de rebanho bloqueada até a regularização.
Ilha do Bananal
A maior ilha fluvial do mundo tem aproximadamente 20 mil km² quadrados de área, cercada pelos rios Araguaia e Javaés. Reserva ambiental brasileira desde 1959.
Na Ilha do Bananal, a inspeção dos animais é realizada neste período, pois a maior parte do ano as áreas estão alagadas dificultando o acesso. É no período de seca que os produtores rurais conseguem de forma mais efetiva chegar aos animais e fazerem as práticas sanitárias necessárias à manutenção da saúde.
(Da ascom do Tocantins)
(Foto: Keven Lopes/Governo do Tocantins)